19 de septiembre de 2014 –

Era hora de encarar a fronteira Costa Rica-Nicarágua. Uns quilômetros antes já víamos uma fila de caminhões esperando o trâmite para ingressar no país vizinho.  Chegando em Peñas Blancas fomos “atacados” por pessoas nos indicando um local para pagar o imposto de saída do país. Nós desconfiados fomos perguntar a um policial se realmente era necessário pagar para essa gente. Ele confirmou e disse que era um imposto que o governo implantou há pouco tempo. Pagamos os 7 dólares para sair da Costa Rica e logo veio mais 1 dólar de comissão pelo serviço, isso porque aí nos informaram que não havia outra opção para pagar a não ser em um lugar distante dali.

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Para nossa indignação ao chegarmos no escritório da imigração vimos que nos lograram este 1 dólar, já que tinha um caixa eletrônico ali que se pagava o tramite sem custos “extras”.

Já no lado “nica” tínhamos que passar na imigração para carimbarem o passaporte e para nossa surpresa mais custos, dessa vez para entrar no país! 13 dólares no total para cada um poder ter os 90 dias na Nicarágua.

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Aí mesmo na fronteira nos advertiram para ter cuidado nos próximos quilômetros, na estrada que ia até San Juan del Sur não tinha muito movimento e alguns estrangeiros tinham sido assaltados por esta zona.

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Seguimos adiante mas com bastante atenção, e por sorte neste trajeto bastante deserto não encontramos nada mais que lindas paisagens. Fomos costeando o lago Cocibolca, ou mais conhecido como o Lago Nicarágua e com enormes moinhos de vento também ao redor.

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Chegando a San Juan del Sur, a praia mais famosa do país, vimos que a Nicarágua não era tão barata quanto imaginávamos e nos tinham comentado os costarriquenses. Uma antiga aldeia de pescadores cheia de estrangeiros ,vários aposentados norte-americanos que residem na cidade e  muitos turistas em busca de muita festa, surfe e explorar praias desertas.

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Nós não estávamos para nenhuma dessas três opções, assim que encontramos um quartinho simples para ficar uma noite e ao final acabamos ficando três. Realmente sentimos o cansaço! Um dia pedalamos 93 km, no outro quase 70 km, sem dormir bem e nem se alimentar direito encarando o sol forte, nosso corpo pediu arrego e necessitava um bom descanso.

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A praia de San Juan del Sur é tranquila e em formato de  “U” contornada pelas montanhas e sua areia não é branca como do Caribe, mas mais clara que o comum do Oceano Pacífico.

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Suas praias ao redor são bastante procuradas, principalmente a Reserva “La Flor”  que durante a desova das tartarugas a praia fica tomada delas, dizem que é um espetáculo e que infelizmente na época que estávamos elas não estavam na região.

Desde aqui já começamos a ver frequentemente a figura do herói nacional nicaraguense Sandino em todas os lados…

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Uma descoberta gastronômica foi a pithaya! Uma fruta muito saborosa que nunca tínhamos visto antes. Era sucos, batidos e sorvetes em todos lugares de uma cor tão intensa que até parecia colorante, mas não. Caiu no nosso gosto e aproveitamos já que nos disseram que para encontrar essa delícia só indo em outros países da Ásia,  México ou Colômbia.

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Não podíamos deixar a cidade antes de visitar o famoso Mirador do Cristo da Misericórdia, que para chegar até o cume nos custou uma boa pernada numas subidas bem empinadas, mas que valeram a pena.

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De cima se via a vegetação toda verde, já que estávamos bem na época de chuva. Logo depois encontramos uma foto que mostra como é a paisagem no verão! Nem parece o mesmo lugar…

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Chegamos justo na hora que o sol estava querendo descansar, e desde aí se via a baia de San Juan del Sur em seu formato de ferradura e suas belezas naturais.

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Com seus 26 metros de altura, o Cristo da cidade é o maior da América Central e só foi possível sua construção por ideia e devoção de um empresário da região que cedeu uma parte de seu terreno para realizar este sonho. O artista costarriquense Ulloa foi o responsável pela obra que durou vários meses, tanto para sua produção tanto para a instalação da estátua .

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Abaixo do Cristo existe um pequeno museu que conta a história deste e de onde encontramos outros de seus irmãos.

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Alguns dias de descanso e já estávamos prontos para seguir viagem, outra vez alforjes cheios e pernas a funcionar. Dessa vez o destino era a Ilha de Ometepe!

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