15 de agosto de 2014  –

Nosso primeiro destino da viagem foi Gualaca, uma cidadezinha pequena a 35 km de David.  Tentamos sair bem cedo para não pegar o sol forte na estrada, mas como sempre não deu certo esta estratégia, saímos as 10h e pouco da manhã e pegamos o pior sol na estrada Interamericana que une as Américas. E neste trecho em especial é um pouco mais complicada por ter bastante trânsito de caminhões, não ter acostamento e pior, recém começaram uma obra grande que durará 2 anos e meio.

Na Interamericana mesmo, uns funcionários desta obra nos pararam pois queriam tirar uma foto com a gente, tinham curiosidades de nossa viagem , além de deixarem várias dicas sobre o caminho.

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Antes de chegar na cidade paramos em um controle de pesagem de caminhões para ver quanto estávamos carregando e para nossa surpresa 200 quilos os dois, ou seja, Mariana com uns 56 quilos, Quique 78 quilos, cada bicicleta 15 quilos. E o restante tudo em bagagem:  36 quilos. Pior para Quique que leva a desvantagem de carregar duas alforjas dianteiras com a comida e outras coisinhas pesadas.

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Chegando na cidade paramos na praça central, por sinal muito bem cuidada para descansar e ver onde podíamos parar por essa noite. Falamos com o guarda-parque que disse que podíamos acampar em sua casa, assim que íamos dar uma volta pela cidade e depois voltaríamos para nos instalar.

Um lugar bem especial que estava a 1km do centro era os “Congilones de Gualaca” , um balneário de águas cristalinas no rio Estí com suas esculturas de pedras que formam este lugar para se banhar. Era isso que estávamos precisando depois de um dia de pedalada, uma água bem gelada para relaxar.

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São grandes desfiladeiros de pedra que parecem feitas de concreto, mas se trata de gigantescas pedras nas duas beiras do rio e que em algumas partes se formam piscinas. Aí ficamos umas horinhas, saltando das pedras e relaxando nas águas tranquilas.

O bom que este lugar é totalmente grátis e a população preserva bastante, cuidando o lixo e a vegetação local. Não tem nenhuma estrutura como banheiros ou lanchonetes para comprar algo, mas é bastante valorizado pelos locais.

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Voltando para a praça arrumamos com o guarda-parque para ficarmos na praça mesmo, num lugarzinho que tinha teto, eletricidade ,água e wifi! Era tudo que precisávamos, só faltou um banheiro, mas utilizamos o dos bombeiros que ficava a alguns metros de onde estávamos.

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Armamos nossa barraca aí, cozinhamos no nosso fogareiro e aí dormimos com direito a guarda noturno. O único problema foi a música alta até tarde, mas que nada atrapalhou no nosso sono.

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Desde o dia anterior havia um grupo de adolescentes que enquanto  estava aguardando para ir a escola, ficava na nossa volta. Curiosos e com vontade de se aproximar para iniciar o papo. E para isso faziam de tudo para chamar atenção, desde falar alto até colocarem música a todo volume as sete horas da manhã!  Até que uma hora, aproveitando que o Quique foi tomar banho nos bombeiros vieram e começaram a conversar, perguntar e contar um pouco de suas vidas.

Mais tarde, arrumamos nossas coisas, agradecemos a estadia na praça da cidade e partimos para buscar um ônibus para cruzar a Cordilheira Central, porque já tinham nos alertado que era bem complicada de fazer em bicicleta devido as altas montanhas, sem acostamento, precipícios e ainda neblina em alguns trechos.

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